UM DIA COM OS SABERES E A BELEZA DA TERRA ALENTEJANA
Montemor terra de Moinhos, Mel e Vinho!
Um belo dia de Maio, tornou-se palco de um passeio descontraído, pela natureza, de um pequeno grupo de caminhantes á descoberta de lugares tranquilos, sonhos, paisagens deslumbrantes que falam por si.
A visita ao apiário da "Quizcamp" no Reguengo foi o ponto de partida, desta vez não houve picadelas, o manto de soagens, malmequeres e o tufo de rosmaninho fizeram as delícias dos participantes.
Na descida da Ribeira do Gandum não faltaram surpresas, desde o Fura-pastos que se deixou mostrar, o forno alegremente decorado junto ao Monte Alentejano, e o ninho de "Carriça" suspenso mesmo na beirinha do caminho, que maravilha!
A aventura que para muitos constituiu a travessia do Rio Almansor até ao moinho do Ananil, só por si já valia o passeio. Saltitando de pedra em pedra lá foram, uns mais a direito (os mais foitos e habituados a estas andanças), outros zigzagueando por uma e outra margem até chegar ao destino.
Aposentados no Moinho do Ananil, chegou a hora de tratar da "barriguinha". Já nos nos esperavam os cicerones desta etapa, os amigos José Bexiga, com as belas migas de batata, enchidos e queijo da região, o Prof. Vitor Guita com a sua habitual sabedoria e boa disposição e o Pisa com a "Jinjinha" com elas.
As boas nesperas á altura do braço também deram um jeitão. Para rematar o manjar na natureza veio mesmo a matar o Poejo e o Mirtilo da tia "Estina" que faz o favor de ser minha mãe, e o Bolo de Mel, da tia "Nina" mãe dos meus filhos, que belo Pic-Nic.
Seguiu-se a visita apaixonada ao moinho do Ananil, depois de uma breve introdução sobre a história dos moinhos no concelho pelo Prof. Vitor Guita, o Zé Bexiga narrou-nos uma parte da sua infância que se confunde com a vida e o labor deste Moinho dirigido pelo seu Pai.
Desde a dureza do descarrego dos sacos com perto de 100 kilos de trigo, ao roncar ensurdecedor do motor gigante que aliviava o terror das trovoadas, passando pela fumarada da explosão da espingarda de atacar pela boca do tio ...., que resultou na caçada dum belo coelho, e até ao labor dedicado do seu pai moleiro que dormia com o moinho, foram episódios vividos na 1ª pessoa.
Seguiu-se o ultimo troço do passeio, do moinho para a Estação do Combóio, para os mais foitos através da Antiga Ponte de Caminho de Ferro sobre o Almansor, foi mais uma bela aventura e um grande susto para alguém que não fala muito bem com as alturas.
Seguiu-se por último a visita e prova de vinhos na Adega da Plansel, dirigida pela simpática Dorina, enologa desta casa, e que tão bem tem dirigido os destinos desta Adega, levando o delicioso nectar das vinhas que aqui se produz com sabedoria e carinho até ás nossas mesas, á família Bohm o nosso muito Obrigado e os votos de uma rápida convalescência e um abraço ao meu amigo Thomas, que tem atravessado momentos difíceis e os tem superado com uma força de Leão!
Uma palavra de agradecimento em especial para o meu amigo Eduardo Raposo, que através do CEDA, levou a cabo esta organização, com o apoio das Técnicas do Posto de Turismo da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, e ás pessoas que tive o privilégio de conhecer nesta visita, nomeadamente o Escultor, o Silva, o José Luís e a família da Maria José Lascas que é sempre um prazer revê-los e disfrutar da sua amável companhia, a todos muito Obrigado.
Alexandre Pirata.