sexta-feira, junho 19, 2009

IV PASSEIO CAMPESTRE EM MONTEMOR-O-NOVO - 16 de Maio 2009

Património, Montado, Ervas Medicinais, Moinhos de Água e Vinho!

Foram estes os desafios que nos levaram neste dia á descoderta, deste Alentejo maravilhoso!

Três dezenas e meia de forasteiros, compareceram a esta aventura sempre enriquecedora, partilhando lugares outrora cheios de vida e de sentido, quando o campo era devidamente valorizado e aproveitado, quando a relação de vizinhança era na maioria dos casos mais forte do que a relação familiar, onde os adjectivos solidariedade, amizade, partilha, eram genuínos.


Começámos o Passeio pela Igreja de S.Gens, outrora paróquia da extinta Freguesia com o mesmo nome, famosa pelas suas procissões onde afluiam forasteiros de todo o seu redor, lamentavel é que o seu interior tenha sido votado ao abandono, despojado do seu património, por também as gentes destes montes terem sido obrigados a partir pela falta de condições basicas para aqui continuarem. Mas o belo Relógio de Sol lá no alto da Ermida, continua teimosamente a marcar o ritmo do tempo, mas sem clientes.




Falámos do Montado, onde tentei passar a mensagem da importância deste frágil ecossistema, que a todos nós cabe preservar, manter o seu equilíbrio e sustentabilidade, respeitando a sua regeneração natural, não retirando dele mais do que é permitido, assegurando que o equilibrio entre os seus agentes se mantem naturalmente.






Do Mestre Salgueiro com a juventude invejável das suas 90 primaveras, chegam-nos as palavras sábias de um vida a tratar as plantas por tu, a retirar de cada uma o melhor que tem para a nossa saude, para uma alimentação saudavel, equilibrada e sem excessos.





Ao longo da caminhada surge o moinho do Cosme, tambem este vítima do sinal dos tempos da desertificação do mundo rural, votado ao abandono foram as silvas que tomaram de assalto estas ruínas, que encerram em si tantas histórias da dureza da vida, trabalho de sol a sol, famílias numerosas, mas que tem em comum a imensa alegria das vivências de uma juventude, humilde mas honesta.



Onde os pormenores da vida tinham toda a importância, o espírito de entreajuda era omnipresente, quando uma sardinha tinha que dar para dois ou três, e quando uma família tinha feijão todos há volta tinham feijão, falo do que tive o privilégio de viver neste meio, uma juventude de plena liberdade no infinito da nossa paisagem alentejana, onde a vida nos ensinava a ser homensinhos aos 14-15 anos.





Chegados ao Moinho do Almansor, esperava-nos o ambiente acolhedor de um espaço irrepreensível, cuidado com o carinho especial do Tio Zé da Gaita e esposa, octogenário que aqui nasceu no embalar das quedas de água das comportas, aliviando o açude que através da levada alimentava incessantemente as mós do moinho sedentas de trigo, onde o seu pai matava a fome ás famílias que num rodopio chegavam com o grão de trigo, milho ou centeio, e partiam com a farinha que trocavam, depois de retirada a maquia para o moleiro.





A honestidade destas operações era sagrada, para o bom nome do Moinho, desde o bojardar das mós, até aos segredos da comunicação através do chocalho que dava o sinal que o cereal acabou no taigão, até aos truques de juntar um copo de água para aclarar a farinha, toda esta sabedoria ancestral foi transmitida através de gerações chegando até nós pelo tio Zé da Gaita, que com a sua alegria e boa disposição nos deu uma lição de molinologia, vivida na 1ª pessoa.





O apoio inestimável do Igor, jovem Moldavo que aqui ajuda no embelezamento deste paraízo, no transporte das merendas, no apoio no pic-nic e no transporte das mochilas já mais aliviadas para o local da chegada, foi de vital importância para a conclusão do percurso pelos participantes.


O Pic-Nic foi um excelente momento para pôr á prova as iguarias que cada um trouxe de suas casas, partilhando com os outros a degustação de enchidos, queijos, vinho, doces, licores, frutos secos, ..... que tanta coisa boa a nossa gastronomia metiterrânica oferece, é só ter bom gosto para se servir! E no Alentejo há sempre um bocadinho para a merecida sesta, nem que seja encima da Mó, que luxo!!!!!






Já mais reconfortados partimos para a segunda etapa, dando uma volta de despedida pela quinta, ficaram os agradecimentos aos proprietários deste paraizo tão bem preservado, e aos responsáveis pelo requinte da limpeza e preservação deste espaço o Tio Zé da Gaita e o Igor.



A caminho da Courela do Menir, passamos pela Barragem do Raimundo, onde o meu amigo Zé Matos nos convidou a visitar o seu "Oásis" no meio do Montado, tão bem enquadrado e disimulado na vegetação arborea da linha de água, onde a luxuriante beleza do silêncio deste espaço, só é interrompido pelo cantar do rouxinol.




Aqui funcionou talvez o unico lagar de azeite na região, movido a água, cuja força motriz fazia mover as mós que esmagava a azeitona e apertava nas prensas os capachos com a massa da azeitona, de onde saía a frio o Azeite Dourado, proveniente dos Olivais centenários de variedade Galega, sem duvida a que produz o melhor azeite de todos.


Prosseguindo a caminhada, fomos recebidos com honras de parada, pela manada de bovinos de carne que usufruie das pastagens deste Montado, que nos acompanharam até á saída, tal não foi a admiração que lhe causou esta Procissão por estas paragens.


Chegados á Courela do Guita/Courela do Menir esperáva-nos uma visita guiada pelo Eng. Ricardo Coito pela vinha e á cave onde estageiam os nectares dos deuses. foram-nos revelados alguns dos segredos da vinificação dos vinhos maduros e dos espumantes, área recente de trabalho da Couteiro-Mor. Esta empresa Familiar iniciada á cerca de meio século pelo saudoso Gabriel Francisco, está realmente no bom caminho, inovando, modernizando, aumentando mas sem nunca se afastar do caminho traçado pelo seu fundador, "Crescer sempre de forma sustentável"








Seguiu-se a prova dos vinhos e degustação dos enchidos e queijos da região numa sala divinal, com uma aboboda de rara beleza e mestria, decorada a preceito com artefactos e utensilios que caracterizavam a faina agricola de outros tempos e por troféus de caça, que simbolizam a paixão dos gestores desta casa, por esta arte.




Conto que os participantes não saíram defraudados deste dia partilhado com a Natureza, ficaram mais enriquecidos e sensibilizados para a necessidade de preservar todos os dias, em todas as nossas atitudes esta riqueza o Montado, a paisagem, as gentes, o saber popular de gerações,........!




O meu muito obrigado, em nome da comissão organizadora, ás entidades que tornaram possível esta iniciativa, a Câmara Municipal, ao Ceda, na pessoa do nosso colega de Organização, Dr. Eduardo Raposo, á Montemormel, ao Tio Zé Salgueiro, as proprietárias do Moinho do Almansor, ao tio Zé da Gaita e ao Igor, ao Zé Matos por partilhar connosco o seu Oásis, á Couteiro-Mor na pessoa do seu Gerente, o Eng. Ricardo Couto, e a todos os que deram corpo á iniciativa, bem hajam em prol de um Alentejo mais próspero e produtivo onde os homens tenham o seu lugar, para viver com dignidade.

Um Bem hajam, a partir deste imenso Alentejo que tanto precisa de ser amado e respeitado!

29 comentários:

Espaço do João disse...

Meu caro Alexandre júlio.
Grato pela lembraça. Pena tenho eu não puder acompanhá-los.Eu como Madeirense errante bem gostaria dessa magnífica passeata. As pernas e a máquina já pouco ajudam, pois bastantes tempestades por mim passaram.Andei por muito mundo, a construção e reparação naval a isso me obrigou. Mas não foi só isso. a África nas barragem de Cambanbe e Cahora Bassa, Transporte de Inergia em M.A. tensão,passagem pela barragem da Foz do Iguaçú,Exploração mineira, Industria petrolífera Aviação civil etc, fez de mim um calejado. Costumo dizer por graça que tenho mais anos de trabalho em redor do mundo que anos de vida. Bem, não choremos sobre o leite derramado, o que estava destinado para mim , os ratos não comeram. Quando vim parar ao sonho dos meus sonhos ( o Alentejo ) então acalmei mais um pouco. Gente hospitaleira, trabalhadora,honesta, fruto de todos os bons predicados.Sou daqueles que quando ouço piadas jucosas sobre este Nobre povo, fica um tanto ou quanto aborrecido. Sinto-me Alentejano e, não troco esta terra pela natal. É a terra onde permaneci mais tempo e onde dormirei o sono eterno. Quando me lembro que aqui foi o celeiro de Portugal, pergunto a mim próprio, quantas pessoas trabalharam de sol a sol , ao vento, frio, calor, chuva e, todas as entempéries? A prova está bem á vista, vendo montes abandonados, restos de vidas sofridas . Meu caro pode o destino se proporcionar a um dia poder-mos nos encontrar mas, enquanto isso não acontecer vamos nos visitando virtualmente. Creia que se um dia calhar passar por estas paragens tem sempre guarida. Um forte abraço de Amizade João.

Hugo disse...

Boa tarde Caro Alexandre

muitíssimo obrigado pelo ultimo comentário ..

é um grande estimulo para mim.

porque manter meu blog, não e muito fácil.

Por 2 razões :
1- a língua : sou luso francês
é sempre um exercício escrever em português
Mas , os textos publicados não são
sempre escritos por mim.

2-Mora em França tão longe.
De facto, é muito difícil saber o que acontece em Montemor .
Às vezes tenho nenhuma informação para publicar....Por Isso agradece a Câmara que manda sempre informações .

Quanto a passeio .....Gustavo dar uma grande volta em Montemor e em Alentejo

Com a minha câmera na mão!

Ha já 6 anos que fui la ....

França Portugal 1600 km ...

Mais com Internet ......não há distância .

grande Abraço, de um luso francês de pai Montemorense

Bichodeconta disse...

Perdão Alex por esta ausencia, mas como se diz na nossa terra tenho andado ennozada que é uma expressão que por aqui ninguém usa.. Caí e uma costeleta lembrou-se de perfurar a pleura, confesso que tem sido dificil, segurar um copo na mão direita é tarefa impossivel.Acho que preciso de umas ervas das que o Mestre José Salgueiro tão bem conhece e quem sabe , não haverá alguma que pudesse alíviar esta maleita.Do passeio só confirmo o que já sabia, numa palavra, DIVINO..
Claro, e o dia começou na terra da minha mãe que´nasceu exactamente na freguesia de S.Gens onde o meus avós maternos viviam na altura.Gregório Letras assim era chamado por ai o meu avõ que era professor de instrução primária , profissão mui nobre na altura.Para mim continua a ser uma profissão muito nobre,lado a lado com os pais, os professores ajudam a modelar a nossa personalidade e podem ajudar-nos no caminho do sucesso.Hoje infelismente há pouco respeiro e estima pelos professores, e o resultado está á vista.. Que posso eu dizer mais Alex, que queria tanto ter feito convosco esse passeio.Saborear o Alentejo e as palavras de quem o ama, conhece e sabe falar dele.. Dormir a bendita sesta, pra mim sesta devia ser obrigatória, diria mesmo institucionalmente legislada. Perdão aos que não entendem e não são amantes daqueles poucos ou muitos minutos de paz, e não sabem o quanto aquele pequeno sono regenera..Parabéns pelas fotos que são lindas e amainam a saudade da terra que me viu nascer e da qual gosto mais e mais em cada dia.Em ar de despedida digo ainda que espero estar lá no próximo ano e poder abraçar-vos.Um beijinho á familia Pirata, e vá lá, eu sei que o tempo é pouco, mas inventa forma de deixar aqui o teu saber mais vezes, gosto de te ler, e naturalmente gosto de ti e dos teus.Gosto de conjugar o verbo amar , é que há tantas formas de amor e por tantas coisas..

Bichodeconta disse...

infelizmente.

Alexandre Júlio disse...

Agradecimentos!

Ninguém existe no mundo por acaso, e o destino também se constrói!

Os comentários do João, do Hugo e da Ell, são bem elucidativos do que afirmei.
Não conheço pessoalmente nenhum de vós, mas as nossas afinidades são tantas, as carolices, o prazer de partilhar, o amor/paixão pela Natureza e pelo Alentejo, são tão grandes que só podiam resultar em comentários, tão sinceros, sentidos e belos.

Ao conhecer um pouco do que foi a vida intensíssima do João, fiquei com uma curiosidade estonteante de o conhecer, é uma enciclopédia viva, ancorada na Costa Alentejana.

O Hugo, este Luso-Francês, que tão longe, recorre á blogoesfera para manter as raízes, bem profundas neste Alentejo que tanto ama, e com profissionalismo divulga pelo Mundo, parabéns.

A Ell pelas aventuras e desventuras que a vida lhe pregou, viu-se na contingência de procurar outras paragens, mas o coração e a alma, continuam bem presas ao Alentejo.

Bem hajam, caros amigos, Alex.

maria sousa disse...

Todas as razões são importantes para justificar/não justificar, as nossas ausências e as nossas presenças num lugar ou no mundo.
Na realidade acho que é preciso fazer mais, amigo Alexandre.
Que tal idealizar um projecto - Diáspora Alentejana?
Louco?
Pois é.
Um beijo

greatwhitenort disse...

Por falar em amor, em especial a um sitio ou região, tambem eu do outro lado do oceano queria esprimir umas palavras de gratidão e saudade.
Pelas fotografias posso verificar que o nosso ALENTEJO,continua lindo como sempre foi.
Um abraço
Frederico

marialascas disse...

Obrigada pelas fotografias!Deve ter sido um bonito e educativo passeio... Eu fiquei com especial vontade de conhecer o antigo Lagar de Azeite.Bjs

perfume de laranjeira disse...

Compadre Alex

Tardou mas, mais vale tarde do ... as fotos e as palavras sentidas deste tão bonito passeio. Já temos artigo para o próximo número da "Memória Alentejana". Tenho que te agradecer este itinerário. Certamente foi o mais bonito de todos os quatro passeios já realizados. No percurso de preparação que fiz com o Mestre Salgueiro e o Manel (Casa Branca), um mês antes fiquei maravilhado com o antigo Moinho do Cosme. No passeio adorei a Quinta do Almansor, com o antigo lagar de azeite e ... sobretudo as rosas, as rosas - que já estão a perfumar o meu blogue. Já tenho dito e repito: Montemor é um dos mais belos concelhos do Alentejo, não apenas a cidade, mas também, e até, talvez sobretudo inúmeros lugares que tenho vindo a descobrir ao longo dos anos - começando pelo castelo. Quando vejo assim locais tão perfeitos, que me lavam o olhar, que me lavam a alma, volto a acreditar que o paraíso existe, como quando em criança reencontrava as colinas (as mais bonitas do mundo, pensava) da minha aldeia. Mas, criosamente ou não, é como se estes locais não me fossem desconhecidos, como se de um reencontro se tratasse.
Amigo Alex, então aqui fica o desafio: que o itinerário do próximo passeio tenha, pelo menos (o que não será fácil, mas certamente não impossível)locais tão belos como estes. E que quem faltou venha partilhar connosco esta comunhão com a natureza!...

Um abraço fraterno!

Eduardo

Carlos Machado Acabado disse...

"Atã", "compadri", já viu a maldade que "le" fez o "magano" do "Quisto"?...
Aquilo "nã" se faz, "compadri"!
Processe-o já, "home"!...
"Ândi"

Ezul disse...

Ora, caro amigo, já cá tinha vindo mas como me faltavam as novidades, não deixei comentário. Belo texto e maravilhosas fotografias, que narram tão bem a beleza do percurso e a sabedoria das gentes do campo.Das igrejas rurais, às memórias do rio e dos seus moinhos, a riqueza do Montado, cheio de histórias e de vida. Apercebi-me agora que não estive suficientemente atenta a essa lição - falha a corrigir, assim que tiver oportunidade, porque esse é um mundo extraordinário de vida, de fauna e flora, de vivências humanas.
Pois bem, depois de uma "árdua" luta contra a falta de tempo e contra as máquinas, lá consegui trabalhar alguns dos filmes e já editei a primeira parte do texto e imagens sobre o celebrado passeio. Para quando o segundo episódio? Sabe-se lá, espero que seja para breve... Mas o que interessa é que aqui, nestas abelhinhas, encontramos este registo lindíssimo.
:)

mariabesuga disse...

Pois Alexandre não vou falar de penas de não ter estado nesse passeio nem de desculpas... Depois de não... não vale a pena.

Hei-de estar um dia destes e valerá para mim... TUDO!... Tu sabes quanto que me conheces os sentidos e a necessidade de beber desses saberes e respirar esse ar daí.

Um abraço grande de Alentejana para Alentejano, para a troca.

greatwhitenort disse...

Para quando o proximo passo.
A criação do clube de caminhantes Montemorenses.Um clube que tem como objectivo o conhecimento da região a caminhar.Um clube que organiza mais passeios por ano, e não apenas uma vez por ano.Esta a maravilha do Alentejo,o tempo é tão maravilhoso,na maioria do ano, que permite passeios todo o ano.
Um abraço
Frederico

Pandora disse...

Passei p deixar o beijinho amigo de sempreDesculpa a ausencia...
mas por motivos mt mt mt tristes andei ausente...
Até já :)

Ezul disse...

Grande ideia, a do clube de caminheiros! Percorrer os campos, só pelo prazer de andar, ou pela possibilidade de conhecer a fauna, a flora, os caminhos, as memórias das gentes dos campos… O que era mesmo interessante era associar essa actividade a outros projectos ligados à vida rural, ao turismo de natureza. Se pudesse, desenvolveria algo na área das plantas medicinais. Aliás, a visita que fiz ao Museu do Pão, em Abril, deixou-me completamente fascinada por um projecto que tão bom uso fez de uma tradição e de um saber genuíno. Eu seguiria por aí, talvez por um Festival da Amora (a pensar plantação dos Serra), por uns bons passeios (apesar das cercas e do arame farpado que estão por todo o lado). Enfim, ideias não faltam, pô-las em prática é que é mais difícil! Mas que não faltem os passeios pelo campo, para não nos esquecermos de quem somos!
:)
Um óptimo e luminoso Agosto!

greatwhitenort disse...

Parece-me uma grande ideia associar o clube a actividades da vida rural, ás tradições Alentejanas, quaisquer que sejam,e quanto a mim, qualquer coisa que faça crescer outra vez o sentido de comunidade é essencial, porque para mim num futuro próximo, vai ser muito importante.
Plantas medicinais parece-me óptimo, mas eu acrescentaria projectos de agricultura local, se possível agricultura biológica, projectos dedicados á pequena e média agricultura, o único tipo de agricultura com futuro.
Quanto ao Museu do Pão, é espectacular,mas acho que é em Évora que funciona um projecto muito giro,a Confraria do Pão.
Fazem exibições de como fazer pão, fazem representações teatrais de actividades agrícolas ancestrais como a ceifa, etc., tudo no campo, porque a sede da confraria é num monte.
Quanto ao festival da Amora, parece-me uma óptima ideia outra vez, porque as bagas silvestres, são muito mal exploradas em Portugal, e nós temos tantas e tão deliciosas.
Vamos por estas ideias em pratica, o nosso Alentejo merece
Um abraço
Frederico

greatwhitenort disse...

A minha homenagem a quem tem o trabalho de fazer este blog
Um video de uma musica com sábias palavras....
http://www.youtube.com/watch?v=mdQRcUsohbo
Frederico
P.S: Não é só grande, é tambem lindo

perfume de laranjeira disse...

Olá Amigo Alex
Olá Amigos (as)

A essa ideia dos caminheiros não consigo ficar indiferente. Por várias razões: primeiro já tenho organizado alguns passeios, entre outros, este e os três anteriores, inicialmente desafiando o amigo Alex que aderiu, gostou e hoje... é o que se vê, é o seu grande divulgador; a segunda razão, prende-se com a primeira, isto é, divulgar o património natural, em que esse é o fim e não fazer disso um negócio, como acontece com algumas pseudo-empresas que pululam pela net; o aspecto mais importante de todos, é que penso que no futuro breve esse será o caminho, pois se não nos "reconciliarmos" com a Natureza a curto/médio prazo, provavelmente corremos o risco de auto-extinção. Por isso, penso que o contributo de cada um de nós, com a diversidade de motivações e aspectos, embora sendo uma gota de água, poderemos, não apenas usufruirmos da beleza fisica e espiritual que a Natureza nos proporciona, mas também participarmos activamente
nessa "caminhada" em defesa da Vida, que nas próximas décadas será inevitável e deixará os Homens e as Mulheres entre a espada e a parede, ou melhor, entre a auto-destruição e o caminho da Natureza; finalmente, acho excelente os temas propostos, mas há outros como a arquitectura de terra ou... até o vinho(que é um dos temas que estou a tratar a numa tese de doutoramento que estou a preparar, sobre o vinho na Poesia do séc. XI e na que é cantada no séc. XXI).
Em Évora conheço a Confraria da Moenga, não sei se é a mesma ou se é outra...
Amigo Alex, já sei que tempo é coisa que não abunda, e eu também ando muito atarefado com este trabalho, mas porque não combinarmos um encontro na Feira da Luz e trocarmos todos ideias... o que achas/acham?...

Abraços

Eduardo

Ezul disse...

Se tudo correr como espero, por altura da feira estarei, finalmente, a visitar o Congresso de Vilar de Perdizes.Mas ainda venho a tempo de usufruir do último
dia. De qualquer forma, desejo-vos uma boa feira e bons projectos!Ah, e a propósito de vinho... esta noite resolvi fazer uma ode ao tinto de Pias!
Bjos
:)

greatwhitenort disse...

Infelizmente não estarei em Portugal, na altura da feira da luz, pois só chego a Portugal no principio de Outubro.
Mas o importante, é que se está a criar um grupo interessante, com ideias proximas, e com muito para dar aos outros em termos de ideas.
Que este grupo seja mais que apenas amantes de caminhadas na natureza,que seja o principio de um tempo e espaço de reflexão, com vista á contribuição da melhoria do nosso micro-mundo, ou micro sociedade, Montemor.
Não tenho esperança de mudar o mundo, mas tenho a certeza que posso contribuir para melhoria do local onde vivo.
Quanto á casa de terra, adora a ideia, embora esteja mais envolvido,aqui no Canada, em casas de palha, que em termos de Arquitectura ambiental, é a minha paixão.Quanto ao vinho, quanto a mim sera sempre um assunto recorrente.
Um abraço a todos
Frederico

Alexandre Júlio disse...

Ei, pessoal chegueeeei!!!!!!!

Cheguei hoje de umas merecidas 2 semanitas de férias pelos "Algarves", praia da Falésia/ Olhos de água - Vilamoura, ....., que maravilha de dias que por lá passámos, água do mar a 25º, nos ultimos 5 dias, Uau!

Visito o meu bloguito, e fiquei agradado de ver por cá tantos planos, tantas propostas, boaaaaa, assim haja "Fuerza" para os por em marcha!

Eu, ainda me encontro, a preparar-me psicológicamente a preparar para o regresso ás trabalheiras!

Cumprimentos a todos, deste imenso Alentejo, ..... Alex

Bichodeconta disse...

Será que ainda se está de férias por estes lados? Deixo um beijinho á família e o desejo de que tudo aconteça da melhor forma.. Aqui omundo aconteceu de uma forma assustadoura.Um abraço,Ell

Bichodeconta disse...

Como bom Alentejano acho que a preparação para o novo ano deve ser eficaz e demorada eheheh.. Passo aqui muitas vezes para te ler e reler, para ver as fotos e sentir o cheiro do Alentejo.. Um abraço , ainda bem que as férias foram boas e que tudo se vai harmonizando.. Beijinhos á familia Pirata..

Bichodeconta disse...

E não tarda aí a cresta..Eu vou passando de quando em vez para te ler, rever as fotos destes lugares magnificos e deixar um abraço á família..

Pandora disse...

Meu querido amigo...
Vim agradecer todas as tuas palavras de conforto deixadas no meu cantinho, deixar-te tb um beijinho p ti e para os teus...

Pandora disse...

Meu querido amigo...
Vim agradecer todas as tuas palavras de conforto deixadas no meu cantinho, deixar-te tb um beijinho p ti e para os teus...

Hugo disse...

Boa noite Caro Alexandre

muito obrigado pelo comentário.

uma pequena nova:

estou a preparar um novo "look"
para o blog sobre Montemor

de maneira que fica muita mais funcional para os leitores

abraço

e ate breve

Hugo

Bichodeconta disse...

E nada.Que se passa Alex? Está tudo bem convosco?Diz algo, há quanto tempo volto e de novo volto.Leio, releio, vejo mais uma vez as fotos, olho o sorriso na cara do mestre Zé Salgueiro e ouso pensar a sabedoria que encerra e se perderá um dia. Niguém faz nada pela cultura deste país e perden-se enciclopédias de fazer inveja a muita gente e que nos ficam a fazer falta.Um abraço á família Pirata.

armalu,blogspot.com disse...

Que belo passeio, olha eu aqui toda feita, já para me inscrever no passeio quando, me dizem, mãe, não estas bem? então repara no ano, 2010. fiquei toda desiludida, pois não tinha reparado no ano, como não poderia ir.Quem sabe um dia. parabéns mais uma vez.